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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vencedora do Miss Universo 2011 sofre racismo na internet



Instantes após vencer o Miss Universo na noite desta segunda-feira (12), em São Paulo, a angolana Leila Lopes, de 25 anos, passou a receber ofensas racistas na internet pelo fato de ser negra. Mensagens postadas num site internacional compararam a ganhadora do título de mais bela do mundo a uma "macaca".

“Angolana? Depois falam que não é resultado arranjado, é pura cota, podia por uma macaca para competir que ganharia também, foi totalmente aleatório mas tinha que ser uma das pretinhas, pela mor... Alguém assistiu essa porcaria? Serio?”, escreve um integrante da comunidade brasileira do site a respeito de Leila receber a coroa e a faixa.

Outro membro escreveu em inglês “monkey in a dress? absolutely revolting”que traduzido seria: macaco em um vestido? absolutamente revoltante abaixo '

“Confesso que nem assisti, pois já imaginava o que viria a acontecer. Agora só falta Hollywood chamar a vencedora para fazer o papel da filha do King Kong”, afirma outro internauta sobre a nova miss Universo. Este diz morar em Santa Catarina.

Outro indivíduo se mostra revoltado ao afirmar que a escolha de uma negra, na opinião dele, é uma ofensa às europeias. “Sabia que ia dar preta... como um Miss Universo no Brasil não escolheria uma preta? E olha que cara horrível, cabelo repulsivo, como conseguem escolher uma coisa dessas? Eu me indigno, não com os jurados, que são comprados para promover tais afrontas a cultura europeia, mas sim com as ovelhas que assistem isso e acham normal”, diz um participante que afirma morar no Rio Grande do Sul.

Estes foram algumas das postagens no Stormfront. Trata-se de um site da internet que se define como "fórum para discussões racialistas com ativistas pro-Brancos e interessados na sobrevivência dos Brancos". Iniciado em 1990,o site tem mais de 60 000 membros registrados por todo o mundo, sendo aproximadamente 33 000 dos EUA, 20 000 da Europa e o restante da América Latina, África do Sul e Austrália. As principais teses e argumentos defendidos são de cunho racista, anti-imigração, anti-sionista, xenófobas e direitistas.
Fonte: Portal G1

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