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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Miss Plus Size Carioca diz que foi vítima de preconceito por causa do seu peso


Quando ouviu o cerimonialista anunciar o seu nome, a candidata de número 30 não conseguiu conter o impulso de levar as mãos ao rosto , emocionada. Gessica Carneiro, de 21 anos, acabava se tornar Miss Plus Size Carioca 2011.
Divididas em duas salas, que viraram camarins improvisados, as participantes corriam contra o tempo antes do desfile. Pausa, somente para um lanchinho. No cardápio de algumas concorrentes, havia até pizza com refrigerante.

O concurso começou com um animado desfile de maiô, com participação intensa do público, que respondia com aplausos e gritos a cada passo das candidatas. Em seguida, elas desfilaram em traje de gala, com longos vestidos e maquiagem e penteados caprichados.

Casos de violência sexual infantil em Manaus crescem em 2011

O número de casos de violência sexual contra menores de idade até setembro deste ano em Manaus é maior do que os registrados durante todo o ano de 2010. Enquanto o último ano teve 661 casos, os nove primeiros meses de 2011 já registram 694. A informação é de um balanço realizado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e Adolescente (Depca).

No último ano, 1.124 casos de violência física e psicológica foram registrados na Depca. Até setembro de 2011, os números chegam a 886. Os casos de exploração do trabalho infantil permanecem os mesmos: quatro registros por ano. Já outros crimes como corrupção de menores, descumprimento de acordo judicial, fornecer bebida alcoólica para menores, entre outros previstos pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), já chegam a 1086 registros, contra os 795 de 2010.

domingo, 23 de outubro de 2011

Ato contra câncer de mama reúne centenas de mulheres em Salvador

Centenas de mulheres participaram de caminhada do Outubro Rosa na manhã deste domingo (23), no Dique do Tororó, em Salvador. A mobilização levanta a bandeira da campanha de combate ao câncer de mama. A ação visa conscientizar mulheres a realizarem exames preventivos, sendo a mamografia o principal deles.

A multidão esteve acompanhada de um trio elétrico durante todo o percurso, finalizado na Praça Mário Brasil, no bairro Tororó. O ato foi organizado pelo Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer, do Hospital Aristides Maltez – HAM e pela Liga Bahiana Contra o Câncer (LBCC). Este ano, o lema da caminhada foi “Câncer tem cura, desde que detectado no início”.

Fonte: Portal G1

Núcleo para atendimento a vítimas de homofobia é inaugurado em BH

Um núcleo para atendimento à população LGBT foi inaugurado nesta quinta-feira (20) na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. No local, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais podem formalizar denúncias de homofobia.

O Núcleo de Atendimento e Cidadania (NAC) vai funcionar na sede da Divisão Especializada de Crimes contra a Mulher, Idoso e Portador de Deficiência, localizada na Rua Paracatu, 822, no bairro Barro Preto, entre 8h e 18h30.

De acordo com a Polícia Civil, a delegada titular da Divisão, Margaret de Freitas Assis Rocha, ressaltou a importância do núcleo para incentivar o respeito “sem qualquer distinção em relação à identidade de gênero e orientação sexual" e para coibir atos de violência.

Fonte: Portal G1

Deficiente visual é impedida de fazer prova do Enem no Rio Grande do Sul

O desejo de ingressar no curso de psicologia da jovem Eduarda Bittencourt Nogueira, 20 anos, deverá ser adiado por mais um ano. Deficiente visual, ela foi impedida de realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devido à falta de exames em braile. As informações são do clicRBS Rio Grande.

A estudante chegou dentro do horário ao local de prova, no Instituto Estadual de Educação Juvenal Miller, em Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul. Nas mãos, ela portava o comprovante de inscrição, que lhe conferia o direito de receber uma prova especial.

Segundo a estudante, que estava acompanhada da irmã e do cunhado, os fiscais de prova informaram que havia testes em braile na escola.

— Eles disseram que não tinha mais provas, mas que eu poderia entrar com outra pessoa, para que lessem a prova para mim e marcassem no cartão de respostas. Mas isso não é o correto. Eu me preparei o ano todo para fazer o teste sozinha. É um direito meu — justifica a estudante.

Eduarda explica que outras três colegas, também deficientes visuais, conseguiram fazer o teste em outros locais de prova do município.

Por telefone, a coordenação do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe), órgão responsável pela distribuição e aplicação das provas, evitou falar sobre o assunto. Segundo Everton Oliveira, coordenador do órgão no Estado, a responsabilidade é do Instituto Nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que realiza o exame no País.

Fonte: Diario Catarinense

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nordeste não é Calabar: polícia tem dificuldades para pacificar áreas das novas bases

Rua Correia do Sul, Campo do Areal, Vila Memeia e Rua 11 de Novembro (sent. horário)

Se a polícia entra na Vila Memeia, no Nordeste de Amaralina, os traficantes revidam à base de tiros. No Campo do Areal, também no Nordeste, o futebol volta e meia é interrompido por brigas entre traficantes. Na rua Coreia do Sul, o tráfico ainda mantém as vendas movimentadas.

Na vizinhança das três Bases Comunitárias de Segurança (BCS) do Nordeste e Santa Cruz, inauguradas em 27 de setembro, a pacificação ainda não é uma realidade visível. Nos primeiros dias após a instalação das bases, já houve duas tentativas de homicídios e registro de troca de tiros de traficantes com rivais e também com a polícia.

A diferença do que houve após a implantação da BCS no Calabar, em abril, é uma prova de  que a  instalação de cada unidade terá suas particularidades. No Calabar, paira o sossego - nenhum homicídio ou tentativa foi registrado em quase seis meses.

“Aqui até tem um ou outro que vende droga, mas tem seis meses que não vejo sair um defunto desse lugar”, conta uma comerciante do bairro que, mesmo dizendo estar vivendo em paz, prefere não ser identificada. “Infelizmente, não sabemos até quando isso vai durar”.

O capitão Marcelo Pitta, chefe do Departamento de Imprensa da Polícia Militar, aponta a geografia e a cultura populacional dos bairros como fatores que influenciam na diferença. 

“O Nordeste é um desafio maior, pois compreende uma região de três bairros. O processo de implementação das bases passa por redirecionamentos, focando a interação com a comunidade. Não é algo que acontece de um dia para outro”.

sábado, 15 de outubro de 2011

Jovem diz que teve braço quebrado ao recusar beijo no RN


Uma jovem de 19 anos teve o braço quebrado após uma discussão em uma casa noturna de Natal (RN). Ela disse que foi agredida depois de se recusar a beijar um rapaz.

As câmeras do circuito interno do local flagraram o momento da agressão, no dia 30 de setembro (veja abaixo vídeo postado no YouTube). Segundo informações do "Jornal da Band", a defesa do rapaz diz que o vídeo foi editado e que não mostra que ele foi agredido pela jovem momentos antes.

Nas imagens, a estudante de direito discute com o rapaz e é jogada no chão. Em seguida, o agressor aproveita a confusão para fugir --ele paga a conta rapidamente e vai embora.

A jovem postou uma foto do braço em sua página no Facebook. Ela precisou passar por uma cirurgia.
A polícia já ouviu os envolvidos, mas o inquérito não foi concluído.


Fonte: Folha

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Aplicativo permite a cego escrever em tablet


Pesquisadores americanos criaram um programa que permite a cegos escrever em braile em um tablet.

O software foi desenvolvido por Adam Duran, da Universidade Estadual do Novo México, durante um programa de verão na Universidade de Stanford.

A ideia do aluno era desenvolver uma tecnologia que ajudasse deficientes visuais a, por exemplo, tomar notas em sala de aula ou anotar o telefone de alguém no meio da rua.

Hoje em dia os aparelhos que ajudam cegos a escrever em Braile são muito caros e pouco práticos. O Braile é um código relativamente simples, com cada caractere sendo uma variação de seis pontos – calombos – arranjados em uma matriz 2X3. Os cegos leem sentindo os calombos nos seus dedos.
Os aparelhos que escrevem na linguagem parecem um notebook sem monitor, com oito teclas: seis para digitar os caracteres, uma para deletar e um cursor.

Duran e seus orientadores pensaram então em uma forma de transpor essas oito teclas para uma tela touchscreen. O desafio era: como os deficientes visuais poderiam saber onde estava cada tecla, sem senti-la?

A solução foi bastante simples: fazer com que a teclas se ajustassem aos dedos do usuário. Com o programa, basta tocar a tela com os oito dedos ao mesmo tempo para criar os locais das teclas braile. A partir daí, já é possível começar a digitar. Caso o usuário “se perca”, basta erguer as duas mãos da tela e colocar os oito dedos novamente para criar um novo padrão de teclas.

Com um movimento para a lateral, deslizando, também é possível escolher um teclado de letras, números ou até mesmo símbolos especiais.

A vantagem é que as teclas virtuais acomodam dedos de diferentes tamanhos, e se moldam à posição de escrita desejada. Por enquanto, os pesquisadores afirmam que há alguns impedimentos técnicos e legais, mas que, em breve, pode ser possível baixar o aplicativo para escrever em Braile e utilizá-lo em seu tablet pessoal – como iPad.

Fonte: Exame

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Racismo em boate de Niterói gera indenização de R$ 4 mil

Um segurança de uma casa noturna de Niterói vai receber R$ 4 mil de indenização por dano moral de um cliente que o insultou com palavras racistas.

Fábio do Carmo conta que, ao tentar separar uma briga entre dois jovens, um deles, chamado Dílson Pinheiro, o chamou de “macaco” e “crioulo escravo”. A decisão é da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que manteve a sentença de primeiro grau.

Para o relator do processo, desembargador Sergio Lucio de Oliveira e Cruz, houve o crime de injúria por preconceito.

“Importa dizer, ainda, que a alegação do réu de xingar seu ofensor, numa tentativa de livrar-se das agressões, é digna de lástima e demonstra que a conduta adotada foi pautada na total ausência de respeito ao ser humano. De tudo o que foi dito e apurado, constatam-se presentes os requisitos ensejadores da responsabilidade civil: conduta injuriosa, nexo de causalidade e dano de natureza moral.”, destacou.

Fonte: Jornal do Brasil

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Justin Bieber apóia campanha solidária no Brasil


Justin Bieber aproveitou sua passagem pelo Brasil para realizar uma ação solidária. O cantor canadense, de 18 anos, gravou um depoimento para a campanha Teleton 2011, que tem como objetivo arrecadar fundos para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

A foto dos bastidores da gravação, em que Bieber aparece segurando o mascote Tonzinho nas mãos, foi divulgada no Twitter pelo perfil oficial do Teleton. A campanha será realizada entre os dias 21 e 22 de outubro.

Justin Bieber está no Brasil desde a noite de segunda-feira (3). Na noite deste domingo (9) ele realiza seu quarto show no país. A apresentação será realizada no estádio do Morumbi, em São Paulo, onde já se apresentou no sábado (8). Ao todo, o ídolo teen fez quatro shows no Brasil.


Fonte: Revista Quem

domingo, 9 de outubro de 2011

Agressores de mulheres terão que usar tornozeleiras em MG


Homens que forem obrigados pela Justiça a manter uma distância mínima das mulheres ou das ex-companheiras por agressões no relacionamento serão obrigados a utilizar tornozeleiras eletrônicas em Minas Gerais. De acordo com o secretário de Defesa Social, Lafayete Andrada, o aparelho, que anteriormente era utilizado em presos beneficiados pelos regimes aberto e semiaberto, vai monitorar os passos do enquadrado na Lei Maria da Penha.

"As tornozeleiras são todas ligadas a GPS (Sistema de Posicionamento Global, na sigla em inglês). Na central de monitoramento, você sabe onde o agressor está. E se a tornozeleira for rompida, ela apita. Isso permite que seja feito efetivamente o afastamento do agressor da vítima", afirmou. Andrada disse ainda que a medida está em fase de licitação, mas a previsão é de que elas possam ser implementadas a partir de janeiro de 2012. "É um avanço, um ganho que a Lei Maria da Penha passa a ter. É um sistema de monitoramento do marido porque já existia a possibilidade de afastar o marido de sua companheira, mas era difícil de se monitorar isso. Com a tornozeleira é fácil monitorar se o afastamento está sendo cumprido", disse.

A notícia agradou uma vítima. A funcionária pública, que preferiu não ser identificada, sofreu agressões do marido durante seis anos de casamento, mas disse que tinha medo de denunciar. "Com 20 dias que eu estava morando com ele, surgiu a primeira agressão. Eu estava grávida de seis meses e ele ainda montou em cima da minha barriga e me estrangulou", afirmou. Mesmo amparada pela legislação, ela disse que as agressões só cessaram após a separação. "Registrei duas ocorrências baseada na lei. Tentamos continuar juntos, mas depois que ele começou a agredir os meus filhos e aí eu tive que denunciar".

A mulher procurou ajuda no Núcleo de Apoio a Vítimas de Crimes Violentos (NAVCV) e conseguiu acompanhamento psicológico e proteção. Segundo ela, o uso da tornozeleiras poderá evitar que outras pessoas continuem a sofrer agressões e humilhações mesmo depois da separação. "Ele vai ficar constrangido pelo uso da tornozeleira, todos vão olhar para ele e vão identificar um agressor", afirmou.

Somente no primeiro semestre deste ano, 800 mulheres vítimas de agressões procuraram o NAVCV em busca de apoio psicológico e abrigo. Segundo a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, no ano passado foram registrados 81.503 casos de agressões contra mulheres no Estado - uma redução de 2,7% em relação a 2009, quando houve 83.785 ocorrências.

sábado, 8 de outubro de 2011

Monumentos de Salvador aderem a campanha Outubro Rosa

Escultura das Gordinhas - Reprodução/TV BAHIA

Quem passou por alguns prédios e monumentos de Salvador, percebeu que eles estão com iluminação especial, de cor rosa. É o caso do hospital Santo Amaro, no bairro da federação, e das Meninas do Brasil, as esculturas das gordinhas, feitas pela artista plástica Eliana Kértez, que ficam no bairro de ondina. A iluminação é em homenagem ao outubro rosa, o mês de combate ao câncer de mama.

Lauro de Freitas também adere à campanha
Paisagens da cidade de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, ganharam iluminação rosa em homenagem a luta contra o câncer de mama. O barquinho na entrada do município, o Restaurante Popular, a Igreja da Matriz e as duas passarelas da Estrada do Coco são alguns dos pontos da cidade que receberam as luzes da campanha mundial Outubro Rosa, que tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para prevenção da doença.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que no primeiro semestre de 2011 foram realizadas 2.234 mamografias, feitas principalmente em mulheres entre 50 e 69 anos, faixa etária de maior risco, segundo os especialistas. No segundo semestre, o projeto Ação de Cidadania foi realizado entre 4 a 10 de julho, em Lauro de Freitas. Foram feitas 426 mamografias durante o projeto.

Fonte: Portal G1

Por campanha, 100 mil trocam perfil do Facebook por desenho animado

Em 24 horas, 100 mil pessoas mudaram suas fotos no Facebook por um desenho animado para aderir a uma campanha contra a violência infantil.

A ação foi lançada pelo Blog Insoonia e apoiada pela empresa de marketing O Melhor da Vida, e pede que usuários da rede social troquem seu perfil pela imagem de um personagem de desenho animado ou de história em quadrinhos. A ideia é manter a nova foto até o Dia das Crianças.

Em 24 horas, 100 mil usuários trocaram seus fotos de perfil (Foto: Reprodução)

Segundo Jorge Nahas, presidente da empresa, o objetivo da campanha é mostrar que tem muita gente que se preocupa com a violência infantil. “Nossa ideia é, por meio das redes sociais, evidenciar que existe muita gente que se importa com as crianças e que querem dar a cara e mostrar que se preocupam com o país”, disse.
Fonte: Portal G1

FIFA continua ameaçando direito de idosos e estudantes brasileiros

A Fifa anunciou ao governo brasileiro que não vai aceitar o prejuízo resultante da meia-entrada concedida a idosos e estudantes para os jogos da Copa do Mundo de 2014. O órgão estima que poderá deixar de faturar cerca de R$ 180 milhões, caso o benefício seja concedido.

A meia-entrada é dos principais pontos de desacordo entre o governo e a entidade máxima do futebol na chamada Lei Geral da Copa. Em encontro com o secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, a presidente Dilma Rousseff disse que não poderia interferir nas regras da meia-entrada no Brasil por se tratar de um benefício previsto em leis estaduais.

Dilma terá dificuldades para sustentar sua posição, pois a Câmara dos Deputados acaba de aprovar o Estatuto da Juventude, que torna a meia-entrada um benefício nacional para os estudantes de 15 a 29 anos. Com isso, a esfera federal também pode interferir.

A FIFA lucrou US$ 4,1 bilhões (R$ 7,3 bilhões) na realização do Mundial de 2010, na África dão Sul. Na média, os ingressos custaram cerca de US$ 135, aproximadamente R$ 255. Como o texto da proposta de legislação dá a Fifa liberdade para decidir sobre o valor cobrado do público, há a possibilidade de os custos da meia-entrada serem repassados no valor final dos ingressos.

Fonte: Correio do Brasil

Se fosse um país, Salvador seria o 3ª com maior número de homicídios

Imagine todos os países do mundo. A gente ajuda: para as Nações Unidas (ONU), são 193. Imaginou? Agora, pire aí: se Salvador fosse um país, deixaria 191 pra trás e ocuparia a 3ª posição mundial em taxa de homicídios, atrás apenas de Honduras e El Salvador.

De acordo com dados de 2010, Salvador tem uma taxa de 61,26 mortos para cada 100 mil habitantes. Em série de reportagens sobre a violência na capital baiana publicada em julho deste ano, o CORREIO, usando estudos da ONU, já havia destacado que a cidade ocupava essa triste posição.  Na quarta-feira, as Nações Unidas lançaram estudo atualizado, mas Salvador se manteve na mesma posição. 

Ainda que se considere a taxa do primeiro semestre de 2011 (57,11 homicídios/100 mil habitantes), a capital baiana continua na mesma posição, atrás somente de  Honduras (82,1) e El Salvador, (66), ambos países da América Central.

Para o representante regional do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Bo Mathiasen, responsável pela divulgação dos dados, mundiais, o índice de Salvador é elevado e traz sérios danos para a população, inclusive com a alteração de rotinas dos moradores. “É uma taxa elevada que deveria ser analisada mais de perto. Nas regiões onde ocorrem as maiores taxas de homicídios, se tem também níveis de violência muito graves. Por trás dos índices de homicídios estão as altas taxas de violência”, explica Mathiasen.
Para as pessoas que vivem nesses locais, a sensação de frustração e de insegurança são elevadas. “Todo esse quadro gera um nível de insegurança muito grande. Afeta todos os níveis do cotidiano dos moradores que passam a viver com medo e apreensão”, complementa.

Brasil
O estudo do UNODC, intitulado Estudo Global de Homicídios 2011 coloca o Brasil como o país que tem o maior número de homicídios do mundo, em números absolutos, com 43.909 mil pessoas assassinadas de forma violenta em 2009. 

Com taxa nacional de 22,7 homicídios por cada 100 mil/habitantes. o país ocupa a terceira posição na América do Sul,  atrás da Venezuela (49) e da Colômbia (33,4).

Bom exemplo 
Ainda segundo o relatório, São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil, apresentou uma redução no índice de homicídios. De acordo com o relatório, em São Paulo os assassinatos caíram, por grupo de cem mil habitantes, de 20,8 em 2004 para 10,8 em 2009.

Para o representante do UNODC, a diminuição ocorrida em São Paulo é resultado de ações como o reforço do policiamento nos horários e locais em que os crimes mais ocorrem. O fechamento de bares durante a madrugada e blitze para verificar se as pessoas estão armadas são outras táticas que deram resultado.

Em Salvador, entre 17 de janeiro e 10 de julho deste ano, conforme matéria publicada no CORREIO, mil pessoas foram assassinadas na capital baiana e Região Metropolitana. O número foi obtido através dos boletins diários disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Segundo o governo do Estado, o primeiro semestre apresentou uma redução de 16 % no número de homicídios.

“A maioria dos homicídios ocorre em bares, praças e ruas, não é dentro dos domicílios. Outro fator é o crime organizado, principalmente o narcotráfico. Onde o tráfico é mais intenso, as taxas são maiores”, destaca o representante do UNODC.

Para fazer o combate, segundo ele, é preciso primeiro fazer um diagnostico, mapeando os locais e horários onde ocorrem os crimes. O representante também destacou que iniciativas como o policiamento comunitário normalmente dão bons resultados.  São os caso das UPPs no Rio de Janeiro e das Bases Comunitárias em Salvador.

Fonte: Correio da Bahia

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Lei tolerância zero para bullying gera polêmica

Uma rigorosa legislação antibullying que entrou em vigor nesta quinta-feira, 1, no Estado de Nova Jersia, EUA, está provocando polêmica entre educadores. Seguindo diretrizes da Carta de Direitos Antibullying, cidades e condados estão adotando um arsenal variado de medidas, como permitir a alunos recorrer anonimamente a um serviço semelhante ao Disque-Denúncia para acusar colegas de assédio ou tornar obrigatórias aulas sobre o tema mesmo para crianças do jardim da infância.

A lei surgiu como reação ao suicídio, em setembro do ano passado, de Tyler Clementi, aluno da Universidade Rutgers. Tyler, de 18 anos, pulou de uma ponte depois que um colega colocou na internet um vídeo no qual ele beijava um homem.

De acordo com reportagem publicada pelo The New York Times, a Carta de Direitos exige das autoridades a adoção de políticas abrangentes contra o bullying (descritas em 18 páginas). Cada escola terá de designar um especialista antibullying para investigar denúncias; haverá um coordenador para essa área em cada distrito no qual a rede de ensino é dividida; à Secretaria Estadual de Educação caberá a tarefa de analisar as políticas adotadas, atribuindo notas às unidades no seu site.

Segundo superintendentes da rede, educadores que não atenderam a essas determinações perderão a licença para trabalhar.
Aplaudida por muitos pais e professores, a lei tem recebido críticas de técnicos. “Acho que ela passou bastante dos limites”, disse ao NYT Richard G. Bozza, diretor executivo da Associação dos Diretores de Escolas de New Jersey. “Agora a gente terá de policiar a comunidade 24 horas por dia. Onde estão as pessoas e os recursos para fazer isso?”

Fofocas, rumores e insinuações

Outra preocupação dos administradores é a de que, ao tornar as escolas legalmente responsáveis por impedir o bullying, a Carta de Direitos abras as portas para processos de vítimas de assédio e de suas famílias.

Os defensores da lei afirmam que as escolas precisam mudar a atuação à medida que os conflitos se espalham das cafeterias e corredores para as mídias sociais, tornando os efeitos do bullying muito mais graves.

“Não é mais aquela coisa tradicional do grandão dizendo no pátio: ‘Você vai fazer o que eu mandar’”, disse ao NYT Richard Bergacs, assistente de direção no colégio North Hunterdon High, na cidade de Clinton. Bergacs, que investiga meia dúzia de denúncias de bullying por mês, disse que a maioria delas envolve tanto confrontos na escola quanto comentários na internet. “São fofocas, rumores, insinuações – e as pessoas ficam loucas com elas.”

MORTE DE ESTUDANTE DEMONSTRA PRECONCEITO CONTRA A MULHER

O assassinato de Suênia Sousa Farias, 24 anos, pelo professor de Direito Rendrik Vieira Rodrigues, é uma demonstração de violência contra a mulher, na avaliação da Secretaria de Políticas para as Mulheres. De acordo com a secretária nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, "ele (professor) disse: 'não vai ser minha, não vai ser de mais ninguém', então vem aí o sentido da posse, do domínio do homem sobre a mulher."

De acordo com a Polícia Civil, a estudante foi abordada pelo professor na saída da aula na UniCEUB na sexta-feira e ambos entraram no carro da vítima. Ainda conforme relato da polícia, Suênia teria ligado ao marido e afirmado que reataria o relacionamento com o professor. Desconfiado pelo tom da voz dela, o homem registrou um boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia. Enquanto estava em poder do professor, Suênia foi baleada três vezes. Rendrik se entregou ainda na sexta na 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas, com o corpo da jovem no carro.

Para a secretária, as mulheres reagem de duas maneiras extremas: tentam contornar uma situação de ameaça por conta própria ou registram boletim de ocorrência. Em muitos casos, a denúncia à polícia não é suficiente e elas são mortas pelos companheiros. "Existe uma não confiabilidade no poder público", afirmou Aparecida.

A secretária disse que alguns pensamentos comuns são nocivos e estimulam a violência de gênero. "A sociedade colocou que o problema de briga de marido e mulher é um problema privado, não um problema público. E essa é uma grande questão que está colocada no problema contra a mulher para a questão dos homicídios", afirmou.


Fonte: portal terra

Jean Wyllys é ameaçado por homofóbicos

Ativistas reagiram ao tomar conhecimento de páginas na internet que incitam à prática de violência sexual e de homofobia. Entre as manifestações questionadas, estão uma campanha que pede a morte do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e um blogue que defende “penetração corretiva de lésbicas”.

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) recorreu à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF). A demanda, assinada por Toni Reis, presidente da organização, é por investigação e providências para que o blogue e as páginas sejam retirados do ar e para que os autores respondam pelos atos criminosos.O blogue Silvio Koerich, fora do ar nesta quinta-feira (29), apresentava recomendações para se estuprar lésbicas com o intuito de supostamente “corrigir” sua orientação sexual. A “receita” inclui uso de “toca ninja”, luva, lenço e éter. E sugere que, se a vítima for conhecida pelo agressor, seria recomendável usar preservativo para evitar identificação.

Em outros textos, o mesmo blogue defendia que gays fossem enterrados vivos e incluía manifestações racistas, afirmando que os negros são uma “raça inferior” à dos brancos.A Polícia Federal afirmou, por meio do Grupo de Combate aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil, ser impossibilitada de avançar nas investigações. Por se tratar de apologia a crime, com pena de detenção, e não infração mais grave, não há meios para se obter a identidade do dono do domínio. Além disso, por ter final “.com”, registrado nos Estados Unidos, a apuração seria ainda mais difícil.

A campanha pela morte de Jean Wyllys tem um perfil no Twitter. Criado no último dia 23, há atualizações apenas até segunda-feira (26), com ataques a homossexuais e a defensores de direitos humanos. Homossexual assumido, o parlamentar é coordenador da frente parlamentar mista de diversidade e tem posição central na discussão do projeto de lei que criminaliza a homofobia.

Fonte: Correio do Brasil

sábado, 1 de outubro de 2011

Bell elogia show de Claudia Leitte e condena preconceito à música baiana

“Precisamos acabar com esse preconceito em relação à música baiana ou a qualquer som que não esteja no eixo Rio de Janeiro-São Paulo”, disparou Bell Marques, líder do grupo Chiclete com Banana. Em entrevista exclusiva à Tribuna, o cantor defendeu o axé music, teceu elogios à apresentação da cantora Claudia Leitte na 11ª edição do Rock in Rio e criticou outras participações do festival.

“Foi um dos poucos shows que assisti e fiquei impressionado, achei que a Claudia se preparou muito bem, foi extremamente rigorosa e fez uma apresentação digna dos baianos”, enfatizou.

O espetáculo da cantora foi assistido por mais de 100 mil pessoas na Cidade do Rock, porém, gerou polêmicas e comentários nas redes sociais. Para alguns, uma cantora classificada como estilo Axé não deveria se apresentar em um evento que tem o rock como mote principal.

Dentre os posicionamentos, um ganhou maior destaque. A roqueira Rita Lee postou no Twitter sua opinião.  "Não assisti Claudia Leitte. Meter o cacete no conforto do anonimato é fácil. Apresentar-se em ninho estranho não é para maricas”, escreveu Rita, no microblog.

Críticas a parte, Claudia manifestou-se sobre a sua participação no Rock in Rio e em relação à declaração da rainha do rock brasileiro em um texto intitulado “Depois de Rita quem se irrita?”.

O comandante da “Nação Chicleteira” fez questão de expressar a sua revolta em relação às críticas direcionadas à cantora, às quais considerou preconceito em relação à música baiana. “Há muito tempo que o Rock in Rio deixou de ser um palco de rock, Milton Nascimento é um cantor de rock? Não.


É um artista maravilhoso, uma pessoa encantadora, que eu amo, mas, desafinou e ninguém disse nada. Eu garanto que se fosse um artista baiano todo mundo ia dizer que baiano não presta, que o baiano precisa aprender a tocar e olhe que temos um celeiro musical monstruoso, nossos artistas são de primeira grandeza”, diz.

Para Bell, esse sentimento vem de uma camada que “deve abrir os olhos, pois o rock é um ritmo musical que sofreu muitos preconceitos e durante muito tempo lutou contra isso e em favor da liberdade de expressão, esta era uma das principais bandeiras de quem fazia rock nos anos 60”, lembrou.

Ele criticou ainda a apresentação da banda Paralamas do Sucesso com Titãs e Orquestra Sinfônica, na abertura do evento. “Não foi a toa que o Herbert Vianna estava com cara de bicho durante a apresentação, pois a banda estava totalmente desequilibrada e fez um péssimo show”, disse.

Bell Marques não conteve palavras para descrever o que foi, em sua opinião, o show da cantora americana Katy Perry.

 “Parecia que ela estava no programa da Xuxa, aquilo era a coisa mais ridícula do mundo, mas, em compensação, quem estava antes dela foi Claudia Leitte que fez um show maravilhoso, profissional, apresentou muitas vertentes, muitas variações. Do mesmo jeito, se fosse uma dupla sertaneja maravilhosa, estaria todo mundo criticando e porque ela (a dupla) não pode cantar num palco daquele?”.

E provoca: “Garanto que 90% das pessoas que estavam lá (no Rock in Rio) era “Chicleteiras”, se estivéssemos lá, a plateia iria à loucura e ia mesmo”.

Fonte: Tribuna da Bahia Online