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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Programação celebra Dia Nacional do Idoso em Guaramirim


Cerca de 500 idosos participaram das
atividades no Dia da Saúde do Idoso.
 (Foto: Eduardo Montecino) 
O Brasil caminha para ser um país de idosos. Segundo o Censo 2010, em 1999 havia 6,4 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Em 2009, o número passou para 9,7 milhões. A nova expectativa de vida do brasileiro é de 73,1 anos. A das mulheres subiu de 73,9 para 77 anos e a de homens foi de 66,3 para 69,4 anos. Ainda de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a proporção de idosos na população subiu de 3,9% para 5,1%. No entanto, no mesmo período, o número de crianças e adolescentes reduziu de 40,1% para 32,8%. A pesquisa destaca que o aumento da esperança de vida, ao nascer, e a queda de fecundidade, ou seja, de nascimentos, tem feito com que o número de idosos aumente.

Dia 1º de outubro comemora-se o Dia do Idoso. Políticas públicas voltadas para pessoas acima de 60 anos são cada vez mais frequentes. Esta semana, por exemplo, municípios do Vale do Itapocu estão celebrando a Semana do Idoso. Dados do IBGE afirmam que dos 222.137 habitantes das cinco cidades da região, 18.610 são idosos (de 60 a 100 anos ou mais). Em Guaramirim, uma agenda com peças de teatro, gincanas e contação de histórias vai até sexta-feira, dia 30.

Na manhã do dia 27, a Casa do Papai Noel recebeu quase 500 pessoas nos períodos matutino e vespertino para acupuntura, aferição da pressão e tratamentos faciais. Ana Paula Girolla, gerente de programas e ações da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação do município, afirma que o objetivo é aproximar os grupos de idosos, já que cada um não sai do seu bairro para as atividades de ginástica. “É para ser um dia diferente, em que eles possam se integrar”, comenta.

O prefeito Nilson Bylaardt esteve no evento e avalia como fantástico o projeto de ginástica nos bairros. “Tem cunho de gratidão também. Essas pessoas já contribuíram tanto com Guaramirim e com o país. Elas têm tanta história pra contar”, declara.

Cada vez mais jovens, mas com histórias pra contar

“Meu nome é Maria Urbanski, mas todo mundo me chama de Maria da Vaca”. Dá pra notar dona Maria de longe. A maquiagem, o lencinho colorido no pescoço e a animação quando dança escondem os 68 anos. “Eu sou rebelde”, diz. Ela frequenta as aulas de ginástica e desde que se aposentou não se preocupa em limpar toda a casa num único dia. Tem sete filhos de sangue e quatro de criação, além dos oito netos e três bisnetos. “Adoro os netos, mas chato é ter que dar presente pra todos”, brinca. É casada há quase 50 anos. “Sou, né? Mas, se pudesse matava”, diverte-se. Ao se despedir, Maria da Vaca colocou um capacete e pegou sua motoca modelo Garelli. “Ando com ela pra cima e pra baixo”.

Seu Sebastião Dalprá é mais pacato, embora não pare de sorrir por um segundo. Também é aluno da ginástica e mesmo tendo se aposentado na agricultura, abusa dos 77 anos mexendo na horta, cuidando das galinhas e bezerros que tem em casa. “Gosto de levantar de manhã já cantando”, declara. Ele tem nove filhos vivos - eram 12 -, 23 netos e 12 bisnetos. “Ah, tenho uma netinha risonha que nem eu. Ela tem 10 anos, a Isadora”, conta. É casado há 55 com dona Luizilda, 71 anos, e ri quando fala dela. Luizilda é companheira de trabalho e de ginástica. E, segundo Seu Sebastião “é ótima padeira, faz uns pães muito bons”, comenta. Ela fica sem graça, mas confirma que gosta muito de cozinhar.

Fonte: O Correio do Povo

União Européia condena violência e preconceito diários contra homossexuais e transexuais

Nesta quarta-feira, em Estrasburgo, França, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que pede que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforce em todo o mundo que deixou de considerar a homossexualidade como uma doença mental em 1990 e que retire a transexualidade dos índices classificatórios de doenças, hoje constando como transtorno mental e comportamental. O documento pede ainda respeito aos direitos dos cidadãos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros e questionou o fato da sexualidade discordante ainda ser tratada como doença em alguns países membros.

“O Parlamento pede para que a OMS tire os transtornos de identidade sexual da sua lista de transtornos mentais e de comportamento”, afirma o texto aprovado por 442 votos a favor e 104 contra, com 40 abstenções e que pede ainda que os estados membros acolham as vítimas de perseguição baseadas na homofobia em outros países. A resolução clama que os países membros busquem mecanismos para assegurar a liberdade de ir e vir de casais do mesmo sexo e de suas famílias e o acesso à saúde.

Fonte: Revista Lado A

As cotas e a capacitação dos deficientes

O preenchimento de cotas de trabalhadores deficientes está em pauta nas empresas desde a publicação da Lei 8.213/91. A disposição legal em apreço estabelece cotas de contratação de empregados portadores de algum tipo de deficiência para empresas com 100 ou mais empregados. 

Durante quase 20 anos de vigência, muito se tem discutido acerca da efetividade da Lei e as formas de inserção dos empregados portadores de deficiência no mercado de trabalho. 

A maioria dos empresários encontra dificuldades para a composição dessas cotas porque existe falta de profissionais capacitados em razão da carência de formação básica, se revelando um desafio para a inclusão de deficientes no mundo laboral.

Segundo dados do último censo do IBGE, existem no país cerca de 24,5 milhões de pessoas ou 14,5% da população com algum tipo de deficiência. Desses 60% são analfabetos.

Entretanto, parece haver uma dissonância entre a quantidade de vagas, por imposição legal, ofertadas no mercado de trabalho pelas empresas e a falta de trabalhadores deficientes capacitados.

Preocupados com a questão, governo, SENAI, empresários e entidades não governamentais promovem e disponibilizam cursos de capacitação e aperfeiçoamento para pessoas portadoras de deficiência física e mental, preparando-os para o mercado de trabalho.

Esses projetos visam qualificar profissionais para o preenchimento de vagas das cotas obrigatórias, gerando inclusão social e responsabilidade com todos os componentes da sociedade. Todavia, tal premissa deve rumar em consonância com o âmago de cada futuro empregado portador de deficiência, ou seja, cada trabalhador que deseja ingressar no sistema corporativo deve buscar a máxima em questão de aprendizagem, para que se habilite a ocupar determinado cargo que venha a ser criado ou já se encontra disponível.  

A inclusão social de deficientes é uma preocupação mundial e não pode prescindir de organizações governamentais, isto é, cada um, a seu modo, pode propiciar a elevação desse direito fundamental de respeito à dignidade da pessoa humana, preceito básico inserto na Constituição Federal.

Desta forma, a preparação qualificada de mão de obra, colaborando de modo silencioso na geração de oportunidades de desenvolvimento e na integração social, contribuirá a dará efetivo direito ao trabalho a todos os portadores de deficiência, seja ela física ou mental.
 
Autor: Ricardo Rodrigo Marino Tozo, advogado especialista em Direito Trabalhista.
 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

EUA: estudantes organizam venda de bolos 'racista' contra ação afirmativa

Estudantes da Califórnia organizam para terça-feira uma venda de bolos em que asiáticos, negros, latinos e mulheres poderão comprar a preços mais baratos do que os homens brancos como forma de protesto contra a ação afirmativa, apesar das acusações de racismo que a iniciativa já despertou. O evento, chamado ironicamente de "venda de bolos pelo aumento da diversidade" ("Increase Diversity Bake Sale", em inglês), é organizado por estudantes republicanos do campus de Berkeley da Universidade da Califórnia, em protesto contra mudanças na política de admissão à instituição.

"A faixa de preços dos bolos é uma sátira, ao mesmo tempo em que instamos aos estudantes a pensarem com maior senso crítico nas implicações desta política", explicaram os organizadores da iniciativa na página do Facebook onde anunciam a venda. Na rede social são dados os detalhes da faixa de preço dos bolos, que atende a critérios de diferença racial: "branco caucasiano: US$ 2; asiático/asiático-americano: US$ 1,50; latino/hispânico: US$ 1; negro/afro-americano: US$ 0,75; indiano: US$ 0,25". Além disso, os estudantes prometem "US$ 25 centavos de desconto para todas as mulheres!".

O presidente do "campus republicano" da universidade, Shawn Lewis, disse que a ideia da iniciativa é questionar uma medida californiana, segundo a qual as universidades públicas devem considerar a raça e o gênero dos candidatos em seu processo de admissão. Deste modo, as pessoas "terão um desconto (nos bolos) de acordo com sua raça e seu gênero", disse, afirmando que o evento será realizado, apesar das ameaças recebidas.

"Se as preferências com base na cor da pele estão bem para as admissões universitárias, também deveriam ser para outros aspectos da vida", comentou. "Concordamos que o evento é racista, mas este é o ponto. Não é mais racista do que dar a um indivíduo uma vantagem no processo de admissão com base apenas na raça ou no gênero", acrescentou.

No domingo, representantes dos estudantes de Berkeley condenaram por 10 votos a 0 o comportamento discriminatório do campus, apesar do caráter irônico da manifestação.

Fonte: Portal Terra

Atriz afirma ter sofrido preconceito em voo por ser lésbica

Estrela do seriado 'The L Word', Leisha Hailey (a segunda da esquerda para direita, fileira de baixo) planeja boicote a Southwest Airlines
A atriz Leisha Hailey, que estrelou o seriado The L Word, que abordava o universo lésbico, disse que foi expulsa de um voo por conta de sua orientação sexual, e afirmou que a companhia área Southwest Airlines "odeia" homossexuais. As informações são do site TMZ.

Através de uma série de posts furiosos no microblog Twitter na tarde desta segunda-feira (26), Leisha afirmou que uma comissária de bordo reprimiu os beijos entre a atriz e sua namorada e teria alegado que a empresa é "familiar". Com a discussão, o casal teria sido escoltado para fora da aeronave. "Ódio não é um valor familiar. Nunca mais voarei com essa linha", escreveu Leisha.
 
A atriz espera agora um reembolso e que uma retratação pública seja feita pela companhia, e pediu o apoio de fãs e de homossexuais num geral em um boicote às linhas áreas, por suas regras "homofóbicas".

Um representante da Southwest Airlines respondeu à atriz com um rápido pedido de desculpas, e pediu que Leisha entrasse em contato com a companhia de maneira privada, para que eles pudessem chegar em uma solução conjunta.
 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Acompanhante de deficientes podem ganhar direito ao passe livre

O deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), foi relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) esta semana, do Projeto de Lei 709/07, que concede passe livre ao acompanhante carente de pessoa com deficiência em viagens interestaduais. O deputado paraibano apresentou defendeu e apresentou parecer favorável a aprovação da matéria.

Conforme Efraim Filho o benefício é válido quando o deficiente possuir limitação de discernimento para atos e vontades, sendo necessária a tutela intelectual de um assistente. A medida está prevista no Projeto de Lei 709/07, relatado pelo deputado federal paraibano Efraim Filho.

A proposta já havia sido aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família e rejeitada pela Comissão de Viação de Transportes.  


“Não podemos perder a oportunidade de melhorar a vida daqueles que mais precisam, o cunho social da matéria, além da sua legalidade e boa técnica legislativa na nossa compreensão, nos permite não apenas apresentar uma parecer favorável, mas defender a aprovação da matéria em plenário” concluiu Efraim Filho.  
A proposta segue agora para análise do Plenário, que votará em dois turnos pela sua aprovação ou não.

Fonte: PB Agora

domingo, 25 de setembro de 2011

Bahia é o segundo estado com maior número de agressões contra gays




A Bahia ficou em segundo lugar entre os estados em que mais ocorrem atos de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com 10% do total de denúncias recebidas em todo o Brasil, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo. Os paulistas lideram o ranking (18,41%), e Piauí (8,73%) ficou em terceiro.
Os casos mais comuns desse tipo de violência são os de violência psicológica (44,38%), como ameaça, hostilização e humilhação, e de discriminação (30,55%). Das vítimas, 83,6% são homossexuais, 10,1%, bissexuais e 4,2%, heterossexuais. De janeiro a julho, o Disque 100 recebeu 630 denúncias contra a população LGBT. As vítimas concentram-se na faixa etária de 19 a 24 anos (43%) e de 25 a 30 anos (20%).

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Funcionário do Estande da Editora Abril é indiciado por racismo


A Polícia Civil do Rio indiciou um funcionário do estande da Editora Abril na 15ª Bienal do Livro do Rio, que aconteceu no Rio Centro. Segundo Adriana Belém, titular da Delegacia do Recreio dos Bandeirantes (42ª DP), que investiga o caso, o suspeito teria impedido duas alunas do Colégio Estadual Guilherme Briggs, de participar de uma palestra do apresentador Rodrigo Faro, alegando que "não gostava de negros" e que adolescentes seriam "negras do cabelo duro".

Ainda de acordo com a delegada, o suspeito teria ofendido outros alunos do grupo, chamando-os de “negros de cabelo duro, favelados e sem educação”. Em seu depoimento nesta segunda, o funcionário, segundo Adriana, negou as ofensas e disse que se referiu às alunas como "morenas escuras, quase negras".

- Todos os adolescentes disseram que ele ofendeu as meninas e o restante do grupo. Ele caiu em contradição várias vezes. São mais de dez testemunhas no caso.

A assessoria de imprensa da bienal informou que "o evento representa a maior festa literária do país e tem como características a diversidade e a pluralidade. Fazemos parte do movimento em prol da democratização da leitura e lamentamos se o fato relatado tenha sido provocado por um dos expositores do evento."

As Informações são do Portal R7 e O São Gonçalo Online

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vencedora do Miss Universo 2011 sofre racismo na internet



Instantes após vencer o Miss Universo na noite desta segunda-feira (12), em São Paulo, a angolana Leila Lopes, de 25 anos, passou a receber ofensas racistas na internet pelo fato de ser negra. Mensagens postadas num site internacional compararam a ganhadora do título de mais bela do mundo a uma "macaca".

“Angolana? Depois falam que não é resultado arranjado, é pura cota, podia por uma macaca para competir que ganharia também, foi totalmente aleatório mas tinha que ser uma das pretinhas, pela mor... Alguém assistiu essa porcaria? Serio?”, escreve um integrante da comunidade brasileira do site a respeito de Leila receber a coroa e a faixa.

Outro membro escreveu em inglês “monkey in a dress? absolutely revolting”que traduzido seria: macaco em um vestido? absolutamente revoltante abaixo '

“Confesso que nem assisti, pois já imaginava o que viria a acontecer. Agora só falta Hollywood chamar a vencedora para fazer o papel da filha do King Kong”, afirma outro internauta sobre a nova miss Universo. Este diz morar em Santa Catarina.

Outro indivíduo se mostra revoltado ao afirmar que a escolha de uma negra, na opinião dele, é uma ofensa às europeias. “Sabia que ia dar preta... como um Miss Universo no Brasil não escolheria uma preta? E olha que cara horrível, cabelo repulsivo, como conseguem escolher uma coisa dessas? Eu me indigno, não com os jurados, que são comprados para promover tais afrontas a cultura europeia, mas sim com as ovelhas que assistem isso e acham normal”, diz um participante que afirma morar no Rio Grande do Sul.

Estes foram algumas das postagens no Stormfront. Trata-se de um site da internet que se define como "fórum para discussões racialistas com ativistas pro-Brancos e interessados na sobrevivência dos Brancos". Iniciado em 1990,o site tem mais de 60 000 membros registrados por todo o mundo, sendo aproximadamente 33 000 dos EUA, 20 000 da Europa e o restante da América Latina, África do Sul e Austrália. As principais teses e argumentos defendidos são de cunho racista, anti-imigração, anti-sionista, xenófobas e direitistas.
Fonte: Portal G1

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Combate a Violência contra a Criança e o Adolescente

 "Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais".
Art.5º, Lei Federal 8.069/90

A violência contra crianças e adolescentes é um fenômeno mundial, suas causas são múltiplas e de difíceis definições. As conseqüências são devastadoras para as crianças e adolescentes, vítimas diretas de seus agressores.
Em Salvador são registradas mensalmente, 350 ocorrências na Delegacia Especializada para a Repressão de Crimes Contra a Criança e o Adolescente – DERCCA. Os casos mais registrados são os de violência doméstica, que é definida como sendo todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e/ou adolescentes, sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico a vítima.
E diferente do que muitos pensam, as desigualdades sociais não são fatores determinantes da violência, pois esta, se encontra dividida em todas as classes sociais.
A Delegada Simone Malaquias conta que muitas vezes as surras ou palmadas dadas pelos responsáveis passam a ser tidas como violência, quando passa a deixar marca física. “Os pais são educados com agressão e acham que é batendo que vai educar”, aponta.
Os psicólogos alertam que se deve estar sempre prestando atenção no comportamento da criança, pois como violência à criança pode demonstrar no comportamento. Os possíveis efeitos são: a hiperatividade ou retraimento, baixa auto-estima, dificuldades de relacionamento, agressividade, fobia, reações de medo, vergonha, culpa, depressão, ansiedade, transtornos afetivos, tentativa de suicido e outros.

Denúncia

De acordo com a Delegada, as denuncias são, muitas vezes efetuadas por parentes e vizinhos, que já não concordam ou se sentem incomodados com a ação dos responsáveis contra a criança e/ou adolescente. “Com a grande divulgação e informação desse combate na mídia, houve um aumento no número de denúncia, que muitas vezes fazem o comparecimento na Delegacia”, afirma.
Através do Disque Denúncia (100), foram denunciados 1.585 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes na Bahia, e este ano, até abril, já houve 613 denúncias. A denúncia ainda pode ser realizada através do Disque Denúncia da DERCCA no 3116-2151, que pode ser feita anônima ou comparecendo pessoalmente na DERCCAA.
Independente da forma de denúncia, o delito é investigado por profissionais especializados e, sendo confirmado, é instaurado um inquérito policial, onde são ouvidas ambas as partes sob a responsabilidade do delegado, devendo garantir e efetuar o atendimento.

Casos

“Um casal envolvido com tráfico de drogas, após começar a ser perseguido fugiram deixando para trás uma criança de três anos, e uma mulher sem autorização da Justiça, começou a criar essa criança. E por ser nova, tinha o hábito de urinar na cama, foi quando a mulher que o criava prometeu que se a criança urinasse mais uma vez, ela o queimaria e foi o que ela cumpriu quando a criança urinou. Ela esquentou um caldeirão segurou a criança e colocou as pernas dentro do caldeirão, envolveu com gaze, quando recebemos a denuncia, a perna da criança estava podre, só não perdeu a perna, pois foi atendido na Assistência e uma médica se interessou pelo caso, cuidou dessa criança e depois acabou adotando a criança e a acusada foi indiciada”, conta Simone Malaquias, Delegada titular da DERCCA há 18 anos.

Lei das Palmadas

A delegada ainda fez uma referência e se mostrou a favor da lei que, se aprovada, irá mudar o conceito de palmada na sociedade, “A palmada será inadmissível, o que seria de grande valor no combate a violência”.
Ainda faz um alerta a sociedade: “Pai, mãe, responsável deve realmente educar a pessoas sob a sua responsabilidade, mas entendendo que não é preciso a violência física ou psicológica, mas sim através do amor e carinho, em compreensão que aquela criança ou adolescente depende quase que integralmente da pessoa responsável para o desenvolvimento futuro”.