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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Projeto em São Paulo ensina balé a cegos

Depois de perder a visão aos 9 anos de idade, Geyza Pereira nunca pensou que fosse poder realizar o sonho de ser bailarina. Hoje, aos 25 anos, ela é dançarina profissional e professora de balé clássico da Associação de Ballet e Artes para Cegos Fernanda Bianchini.
 
Para ela, a realização do sonho começou ao conhecer a professora Fernanda Bianchini, fundadora da escola. Bianchini começou a ensinar dança para cegos em 1995 e desenvolveu uma técnica que permite que as crianças toquem suas pernas e braços para aprender os movimentos.
 
Como Geyza Pereira, a maioria das primeira alunas de Bianchini já passou dos 20 anos. Hoje uma nova geração estuda com elas. Nos seus 16 anos de existência, a escola, que se sustenta com patrocínios e doações, já formou 300 dançarinas.
 
Fernanda Bianchini também fundou uma companhia de dança com suas melhores alunas e sonha em vê-las atuando no exterior.

Fonte: Portal Terra

Paim defende votação de criminalização da homofobia na próxima semana

O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta terça-feira (29) a votação já na próxima semana, na Comissão de Direitos Humanos (CDH), do projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/2006). Ele anunciou a intenção durante audiência pública para discutir o tema, que, no entanto, acabou frustrada pela ausência de parte dos convidados. A relatora do projeto é a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que não participou do debate.

O PLC 122/2006 amplia a abrangência da Lei 7.716/1989, que trata da discriminação decorrente de raça, religião e origem, para incluir também motivações ligadas a gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. O projeto esteve na pauta da CDH em maio deste ano, mas, diante da falta de entendimento para votação, foi retirado para que se tentasse chegar a um texto de consenso.

Participaram da audiência desta terça somente os pastores Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e Wilton Costa, presidente da Frente Nacional Cristã de Ação Social e Política (Fenasp). Também foram convidados o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.

Wilton Costa assinalou que o PLC 122/06 vem sendo debatido no Congresso Nacional há dez anos e, com um “debate falso”, pretende criminalizar a fé das pessoas e a garantia de liberdade religiosa. Ele observou que não há impedimento na legislação brasileira atual à intervenção do Estado contra a violência ou discriminação.

- Nós temos pontuado, ao longo dos anos, todas as fragilidades do processo, todos os vícios inconstitucionais. Aqui no Senado é que temos encontrado a oportunidade de fazer o debate amplo e é importante que todos sejam ouvidos. O nosso apelo a essa comissão é que rejeite de fato o PLC 122 – afirmou o pastor, que prometeu entregar à CDH uma relação de entidades do movimento gay que recebem dinheiro público.

O pastor Silas Malafaia disse lamentar a ausência dos demais convidados, dos movimentos homossexuais e de Marta Suplicy.

- Eu gostaria de dizer que não estamos precisando da ajuda dela [Marta] para ter liberdade religiosa e de expressão. Ah, que pena que ela não está aqui. Eu gosto de falar é na cara, não mando recado – assinalou.
Malafaia repudiou a equiparação dos homossexuais aos negros, por exemplo, como parcela discriminada na sociedade. Segundo o pastor, diferentemente do que ocorre com outros grupos protegidos em lei, no caso do homossexualismo, trata-se de uma escolha comportamental.

- O que é o homossexualismo? É um homem ou uma mulher, por determinação genética, e homossexual por preferência aprendida ou imposta. Não tem ordem cromossômica homossexual. Que paridade esses caras estão querendo? – questionou.

O pastor disse que, mantido o raciocínio, será preciso fazer leis para todos os comportamentos dos seres humanos. Segundo ele, os homossexuais querem ficar livres para acusar outras pessoas de serem homofóbicas.

- Existe uma diferença entre criticar comportamento e discriminar pessoas. Eles querem dizer que a crítica ao comportamento é discriminação. Eu não quero privilégios para os evangélicos. Os que querem eliminar a discordância, amanhã podem querer eliminar os que discordam. Querem liberdade, mas não querem respeitar o direito dos outros. É o grupo social mais intolerante da pós-modernidade – afirmou.

Acusações e críticas

Embratur incentivará turismo de aventura para deficientes

O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) lançou nesta terça-feira o programa Turismo Sem Limites, em comemoração ao 2º Dia Nacional da Pessoa com Deficiência em Parques e Atrações Turísticas. O objetivo da Embratur é promover o turismo acessível e para isso trará, ao longo do ano de 2012, turistas com deficiência com um acompanhante dos diversos países que compõe o Mercosul. Inicialmente os turistas selecionados conhecerão os municípios de Socorro, interior de São Paulo, e a capital.
 
De acordo com o órgão, o município de Socorro foi escolhido por ser um destino referência na prática de turismo de aventura adaptado a pessoas com deficiência. A cidade oferece 15 modalidades esportivas completamente equipadas. Há, por exemplo, equipamentos para que, tanto paraplégicos quanto tetraplégicos, façam a cavalgada, passeio de charrete, quadriciclo, rafting, rapel e tirolesa.
 
Já a capital paulista possui um roteiro cultural com acessibilidade. O Turismo Sem Limites também estará focado nos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, segundo declaração do presidente da Embratur, Flávio Dino. O programa está alinhado ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, lançado pela presidente Dilma Rousseff, no último dia 17.

Fonte: Portal Terra

domingo, 27 de novembro de 2011

São Paulo é líder em denúncias contra homofobia



São Paulo lidera o ranking de denúncias de violência por intolerância recebidas pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – 15% de todas as denúncias recebidas, entre janeiro e outubro deste ano, são de São Paulo.

Com tantos casos, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, defende a aplicação da mesma lei para racismo e homofobia,” já que não há condições de isentar qualquer pessoa seja por agir discriminando e incentivando o ódio contra quem quer que seja”.  Segundo ela, se os crimes racistas são considerados crimes, os crimes homofóbicos também são.

Quem passa pela agressão conhece bem a dor e o trauma que ela deixa. Marcos e Júlio compravam cigarros em um posto de gasolina, na capital paulista, quando foram abordados por dois rapazes.

Cota para deficiente gera nova disputa

O espaço reservado a deficientes físicos em arenas da Copa do Mundo de 2014 transformou-se em polêmica envolvendo autoridades públicas brasileiras sobre os direitos de minorias no evento. A lei nacional prevê número de lugares bem maior que as normas internacionais e que os projetos das arenas. A diferença chega a até 11 vezes mais, como no Maracanã.

Nesta semana haverá reunião sobre o tema entre as cidada-sedes da Copa e o governo. O assunto se arrasta há seis meses, desde que o ministério alertou os donos dos estádios da necessidade de seguir a lei. Enquanto isso, as obras continuaram sem alterações nos projetos.

Responsáveis pelas arenas dizem que a legislação brasileira é exagerada e deveria ser revisada. Mas o governo federal defende que a lei seja cumprida. Assim como os representantes de deficientes. Se a legislação for mantida, haverá alteração em todos os projetos de estádios, com o encarecimento deles. Além dos lugares especiais, serão necessários mais assentos para acompanhantes e mais acessos por rampas. Um estudo do Ministério do Esporte obtido pela Folha mostra o tamanho da diferença de padrão.

O Green Guide, referência na Europa e na Fifa, indica 266 espaços. O documento base norte-americano prevê 351. E a norma técnica brasileira, anterior à lei, exigiria 231 assentos aos deficientes.


"Ninguém é contra os direitos dos deficientes, mas 1.400 vagas para cadeirantes e mais 1.400 para deficientes visuais e obesos em um estádio é absurdo", diz Eduardo Castro Mello, arquiteto do Estádio Nacional, de Brasília.

Campanha sobre Aids visa combater o preconceito

O Dia Mundial de Luta contra a AIDS é celebrado em todo o mundo no dia 01 de dezembro desde 1987. Neste ano o Ministério da Saúde, lança campanha de enfrentamento à Aids com foco na população de jovens homossexuais sob o ponto de vista de combater o preconceito.
 
No Brasil, a data passou a ser comemorada a partir de 1988, por decisão do próprio Ministério da Saúde. O dia foi instituído como forma de despertar a consciência da necessidade da prevenção, aumentar a compreensão sobre a pandemia e promover análises da sociedade e órgãos públicos sobre a doença.

Segundo o coordenador de Vigilância Epidemiológica, Juliano Silva Melo, o foco da campanha é estimular a reflexão contra o preconceito e a discriminação que a população homossexual, entre os quais os jovens, e de pessoas que vivem com HIV/AIDS sofrem diariamente. E sobre a falsa impressão de que a AIDS afeta apenas o outra, sendo que toda a população pode estar vulnerável ao contato com o vírus. "O HIV pode alcançar todo os grupos populacionais, atinge homens, mulheres, independente de orientação sexual e condições sociais e econômicas", disse ele.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

25 de novembro: Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher .

O drama familiar vivido pela personagem Celeste, interpretada pela atriz Dira Paes, na novela Fina Estampa, da Rede Globo, é um bom exemplo sobre como proceder ao ser vítima de violência contra a mulher. Após anos de sofrimento e inúmeros hematomas, ela dá um basta na violência praticada pelo marido Baltazar, vivido pelo ator Alexandre Nero, e o denuncia à polícia. Preso em flagrante, ele vai preso, como deveria acontecer com todo homem que pratica violência contra o sexo feminino, seja parente ou não.

Existem muitas campanhas e as leis estão mais severas, por isso os números estão diminuindo, mas ainda há muito que se feito. O apoio de familiares e da sociedade aliado a informação é, sem dúvida, a grande arma contra a violência à mulher. Para conscientizar a população sobre esse grave problema social que atinge todo o mundo, dia 25 de novembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher.

Para a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, a data é uma ótima oportunidade para debater a questão. “As mulheres estão se conscientizando do apoio social que vão receber se resolverem denunciar seus agressores. Isso graças às campanhas e debates promovidos pela mídia em geral. Apesar do tema ter ganhado o horário nobre da TV, muitas mulheres ainda são agredidas e até mortas por seus companheiros”, afirma a médica.

Pesquisa: 68% dos deficientes estão insatisfeitos com função

Foto: Getty Images
A falta de compatibilidade entre a função exercida por pessoas com deficiência, seu grau de escolaridade e capacidade são os maiores fatores de descontentamento no emprego, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (USP). O levantamento junto a 628 trabalhadores com deficiência e 566 sem deficiência mostrou que 68,9% dos profissionais com deficiência têm este sentimento, enquanto entre trabalhadores em geral este porcentual é de 42,8%.
 
A pouca compatibilidade apontada entre capacidade/experiência e função é ainda mais gritante: 62,8% entre profissionais com deficiência contra 34,6% dos trabalhadores em geral. Na verdade, poucos profissionais com deficiência estão satisfeitos com o emprego atual (apenas 57,4%, contra 67,6% do grupo sem deficiência) ou com a carreira (53,6% contra 65,8%), conforme mostrou a pesquisa.

O racismo à brasileira é o principal problema dos afrodescendentes


A luta pelo enfrentamento do “racismo à brasileira” é, inegavelmente, a principal pauta dos movimentos afrodescendentes no Brasil. A afirmação é do coordenador do Círculo da Juventude Afrodescendente das Américas, Richarles Martins, um dos participantes do evento internacional que discute, esta semana, no estado da Bahia, a situação dos povos de origem africana que vivem na Ibero-América.

O Afro XXI foi realizado na capital Salvador até este sábado (19). A expectativa é de que deste evento seja retirada a Carta de Salvador, com propostas de ações práticas para a inclusão dos afrodescendentes nos países da região. Richarles Martins lembra que a discriminação racial atrelada á desigualdade social é uma constante dentro e fora dos territórios brasileiros. “O racismo é estruturante do processo de desigualdade social na realidade Latino Americana e Caribenha. Nesse sentido, qualquer construção de política que tenha objetivo de combater a desigualdade passa pelo enfrentamento ao racismo e, necessariamente, pela garantia da participação da juventude e da mulher afrodescendente nos processos de inclusão e de desenvolvimento”, afirma o coordenador do Círculo da Juventude Afrodescendente.

Seu Jorge diz que sofreu preconceito na Itália


Seu Jorge contou que passou por maus momentos quando visitou a Itália, há sete anos, para filmar o longa “A Vida Marinha com Steve Zissou". Cantor, compositor, ator e empresário, ele passou seis meses morando no país e disse ter sofrido muito preconceito. As informações são do jornal “Extra”.

"Não volto lá nunca mais. O italiano é racista. Eles têm sérios resquícios da colonização que sofreram: não aprenderam a lidar com outras etnias (...) Me maltrataram muito. Lá, percebi que, por ser negro, não era brasileiro, era da África, da Somália. No Brasil, isso também é forte ainda, viu? Não tem um negro na publicidade desde que o Sebastian da C&A saiu. Pode ter um negão fazendo um comercial, mas garoto-propaganda, não", lembrou Seu Jorge.

Super bem sucedido, Seu Jorge revelou também que não tem mais nenhum desejo material para realizar e que por isso sua maior vontade atualmente é ver suas três filhas na faculdade: “Elas vão ser um marco na minha família, na nossa árvore genealógica. A primeira geração que não precisará sofrer com a violência e com o preconceito para conhecer o mundo".

Frequentemente os carrões de Seu Jorge param na mídia, que fica encantada com os veículos de luxo que ele possui em sua garagem no Morumbi, bairro nobre de São Paulo. "Tenho lá meu Porsche, minha Lamborghini, mas trabalhei demais para isso. Ralei!", diz Seu Jorge, que nasceu em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e foi criado no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Fonte: Primeira Edição

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Internautas repercutem Dia da Consciência Negra no Twitter

O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado neste domingo, 20 de novembro, foi comemorado em todo o País com manifestações artísticas e atividades recreativas. A data, criada para promover uma reflexão sobre as consequências da escravidão no Brasil, remete ainda ao tema de inserção do negro na sociedade brasileira.

No Twitter, os internautas repercutem a comemoração com as expressões 'Viva Zumbi' e 'Palmares', além da hasthag 'Consciência Negra', que alcançou o topo do Trending Topics nacional. As expressões estão associadas ao líder negro Zumbi, último resistente da escravidão no Quilombo dos Palmares.

No microblog, não faltam demonstrações de apreço pelo Dia. "Zumbi rei dos palmares grito de dor, liberdade. Zumbi rei dos palmares um lutador, líder de valor. Viva Zumbi" e "Por uma sociedade sem discriminações e preconceitos, pela igualdade! Viva Zumbi dos Palmares! #Dia da Consciência Negra!", estão entre os posts.
 

A apresentadora Regina Casé também prestou sua homenagem ao Dia da Consciência Negra reverenciando o casal de atores Lázaro Ramos e Taís Araújo. Na rede, ela publicou uma foto do casal e escreveu: "Porque eles são lindos,conscientes e queridos! #diadaconsciencianegra".

Fonte: Portal Terra

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Funk, álcool e homofobia causam investigação em Fina Estampa

Personagem de Marcelo Serrado, Crô, é frequentemente hostilizado pela turma do vôlei de praia

A novela Fina Estampa (Globo) está sendo investigada por abusar de cenas com bebidas alcoólicas.
A ONG Instituto Brasileiro Contra Fraudes denunciou a obra de Aguinaldo Silva ao Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro. O órgão analisou e acatou as denúncias e prometeu investigar o folhetim.

O Instituto contou quantas vezes bebidas alcoólicas apareceram em apenas duas semanas da novela. A ONG chegou a impressionante marca de 50 cenas em que vinho, cerveja e uísque apareciam sendo consumidos.

O documento ainda acusa a novela de discriminação contra o homossexual Crô, interpretado por Marcelo Serrado, que é frequentemente chamado de “bichona, biba maldita e bicha dos cachorrinhos frescos”.

A investigação se estende também a personagem Solange (Carol Macedo), a adolescente que dança funk em roupas minúsculas ao som da música Danada, Vem que Vem.

As informações são da coluna Direto da Fonte, do jornal O Estado de S. Paulo, deste sábado (12).

A Globo não respondeu aos contatos do R7 para confirmar a investigação.

Fonte: Portal R7

sábado, 5 de novembro de 2011

Tecnologia ajuda deficientes visuais

Lucas Radaelli, de 20 anos, é estudante de ciências da computação e faz estágio na Universidade Federal do Paraná. Muito ativo na internet, tem perfis no YouTube, Twitter e Facebook, em que posta vídeos, fotos e informações sobre seu cotidiano. A única diferença entre ele e a maioria dos seus amigos é o fato de ser deficiente visual. Por motivos ainda desconhecidos, Lucas nasceu cego do olho esquerdo e, aos quatro anos, teve um descolamento de retina no outro olho, perdendo completamente a visão. Hoje, com a ajuda de smartphones e afins, consegue levar uma vida sem tantas restrições. Aqui, ele conta como a tecnologia está mudando a vida dos cegos de 20 e poucos anos conectada com o mundo digital.

DIÁRIO_ Como foi a sua educação e quais foram as maiores dificuldades neste período?

LUCAS RADAELLI_ Sempre estudei em escolas normais. Meus pais me deram um notebook na quarta série e eu conciliava os estudos com materiais digitais com os em braille. Meus pais ainda escaneavam todos os livros e faziam adaptações para que eu pudesse entender totalmente o conteúdo. Por exemplo, se havia uma imagem no meio do livro, eles a descreviam. Mas o processo de escanear os materiais para que eu os tivesse em formato digital não era rápido, demorava muito. Acredito que essa foi uma das maiores dificuldades.

Quais são os principais benefícios da tecnologia na sua vida hoje?

Existe uma frase que diz: “A tecnologia torna as coisas mais fáceis para as pessoas. Para as pessoas com deficiência, torna as coisas possíveis”. Eu realmente gosto desta frase porque  ela resume bem o que é a tecnologia para mim hoje. Os cegos usam o computador com a ajuda de um programa chamado leitor de telas. Com comandos no teclado (nunca usamos o mouse), navegamos nas opções disponíveis. Cada comando dado tem uma resposta em áudio do leitor de telas, que lê o texto selecionado, o item de menu e por aí vai. Como disse, uso um notebook para estudar desde a quarta série. Agora, com o iPhone, tenho a ajuda da tecnologia em qualquer lugar. Por exemplo, quando chego em um restaurante e não tem cardápio em braille, vejo as dicas que as pessoas deixaram no aplicativo da rede social 4Square e  escolho meu prato.

Amazonas Film Festival exibe filmes para pessoas com deficiência

Foto: Divulgação


Manaus - Neste sábado (05) e terça-feira (08), às 9h30, o palco do Teatro Amazonas será modelo de inclusão para pessoas com deficiência durante o 8º Amazonas Film Festival. A acessibilidade será oferecida através dos serviços de audiodescrição, para deficientes visuais, e Tradução em Libras, para deficientes auditivos nas exibições dos longas: “Tropa de Elite 2”, de José Padilha, 16 anos, no sábado (05) e “Meu Malvado Favorito”, de Pierre Coffin, na terça-feira (08). O 8º Amazonas Film Festival é promovido pelo Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado da Cultura, com patrocínio máster da Coca-Cola. Todas as sessões são entrada franca.

Desde 2009, os recursos são oferecidos pela Secretaria de Estado da Cultura em grandes eventos, como é o caso do Festival de Ópera e Concerto de Natal. No ano passado, o Amazonas Film Festival acrescentou em sua programação a “Mostra Outra Visão do Cinema”, com o intuito de promover a inclusão de pessoas com deficiência. “A ideia é fazer com que o público possa participar do festival, independente da condição física: cadeirantes, deficientes auditivos, deficientes visuais. A “Mostra Outra Visão do Cinema” é uma das formas que encontramos para dinamizar a difusão cultural ao povo Amazonense”, afirmou o secretário de cultura, Robério Braga..

Em Pernambuco, Ministério Público lança campanha contra o racismo

Uma campanha foi lançada no Recife, nesta sexta-feira (4), para estimular a população a denunciar casos de racismo – um crime inafiançável. A ideia é do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e prevê a distribuição de trinta mil cartilhas.

A ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, participou da solenidade. Ela afirma que os crimes de racismo ainda são muito frequentes no Brasil. "Na medida em que campanhas como essa acontecem, eu acredito que isso vai encorajar as pessoas a denunciarem", diz.

Racismo é tratar alguém de forma diferente, inferior, por causa da cor da pele. Então, por exemplo, impedir ou limitar a entrada em qualquer ambiente, proibir o uso de um transporte, dificultar o acesso a um cargo público de pessoas negras, ofender a dignidade fazendo xingamentos. A campanha é para estimular que os casos sejam denunciados, e que todas as vítimas procurem a polícia.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Preconceito fica de lado e mulheres conquistam espaço nas obras

Não é muito comum ver mulheres trabalhando em canteiros de obras, mas essa realidade pode mudar. Conforme a lei nº 4.096, de 13 de outubro de 2011, de autoria da deputada estadual Mara Caseiro, obriga que as mulheres tenham direito a 5% das vagas nos canteiros de obras licitadas pelo poder público.

“O projeto serve até mesmo pra gente mudar o conceito de que mulheres são do sexo frágil, acredito que cabe a elas decidirem se compete ou não”, declara a deputada. A jovem Jéssica Gonçalves Barbosa, de 19 anos, que já trabalhou em vários canteiros de obras, concorda com o ponto de vista da parlamentar e acrescenta, “Tranquilo não é, mas damos conta do serviço”.

Jéssica está desempregada no momento e garante que não pensaria duas vezes em aceitar um trabalho na construção civil novamente. “O serviço é pesado, trabalhávamos de domingo a domingo até às 19h, mas eles pagam bem, compensa”, garante a jovem, que tem dois filhos pequenos e está a procura de um emprego.