Não é muito comum ver mulheres trabalhando em canteiros de obras, mas essa realidade pode mudar. Conforme a lei nº 4.096, de 13 de outubro de 2011, de autoria da deputada estadual Mara Caseiro, obriga que as mulheres tenham direito a 5% das vagas nos canteiros de obras licitadas pelo poder público.“O projeto serve até mesmo pra gente mudar o conceito de que mulheres são do sexo frágil, acredito que cabe a elas decidirem se compete ou não”, declara a deputada. A jovem Jéssica Gonçalves Barbosa, de 19 anos, que já trabalhou em vários canteiros de obras, concorda com o ponto de vista da parlamentar e acrescenta, “Tranquilo não é, mas damos conta do serviço”.
Jéssica está desempregada no momento e garante que não pensaria duas vezes em aceitar um trabalho na construção civil novamente. “O serviço é pesado, trabalhávamos de domingo a domingo até às 19h, mas eles pagam bem, compensa”, garante a jovem, que tem dois filhos pequenos e está a procura de um emprego.
Serviço Pesado
A lei prevê que os serviços destinados às mulheres sejam operacionais, ou seja, no canteiro de obras mesmo. Não estão inclusos serviços administrativos e de limpeza. Segundo a autora do projeto, as mulheres estão aptas para o serviço pesado, não só no administrativo ou “servindo cafezinho”.
Segundo Jéssica, o preconceito no canteiro de obras é muito grande. “Éramos apenas três mulheres em um ambiente com mais de 30 homens. Parece que eles não confiavam que seriamos capazes de fazer o serviço pesado” reclama.
Segundo o sindicato dos trabalhadores da construção civil, a maioria das mulheres acaba ficando com os serviços de acabamento, como assentamento de pisos e colocação de portas e janelas.
Fonte: Correio do Estado
Fonte: Correio do Estado
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