O assassinato de Suênia Sousa Farias, 24 anos, pelo professor de Direito Rendrik Vieira Rodrigues, é uma demonstração de violência contra a mulher, na avaliação da Secretaria de Políticas para as Mulheres. De acordo com a secretária nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, "ele (professor) disse: 'não vai ser minha, não vai ser de mais ninguém', então vem aí o sentido da posse, do domínio do homem sobre a mulher."
De acordo com a Polícia Civil, a estudante foi abordada pelo professor na saída da aula na UniCEUB na sexta-feira e ambos entraram no carro da vítima. Ainda conforme relato da polícia, Suênia teria ligado ao marido e afirmado que reataria o relacionamento com o professor. Desconfiado pelo tom da voz dela, o homem registrou um boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia. Enquanto estava em poder do professor, Suênia foi baleada três vezes. Rendrik se entregou ainda na sexta na 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas, com o corpo da jovem no carro.
Para a secretária, as mulheres reagem de duas maneiras extremas: tentam contornar uma situação de ameaça por conta própria ou registram boletim de ocorrência. Em muitos casos, a denúncia à polícia não é suficiente e elas são mortas pelos companheiros. "Existe uma não confiabilidade no poder público", afirmou Aparecida.
A secretária disse que alguns pensamentos comuns são nocivos e estimulam a violência de gênero. "A sociedade colocou que o problema de briga de marido e mulher é um problema privado, não um problema público. E essa é uma grande questão que está colocada no problema contra a mulher para a questão dos homicídios", afirmou.
Fonte: portal terra
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